
domingo, 7 de junho de 2009
25/06 - Matéria: Gohonzon, o Supremo Objeto de Devoção (3)

(Brasil Seikyo, edição nº 1599, 14/04/2001, página 6.)
O Gohonzon concedido atualmente pela SGI aos membros e consagrado nos lares é uma transcrição do Dai-Gohonzon de Nitiren Daishonin feita por Nitikan Shonin, conhecido como o restaurador do Verdadeiro Budismo. Esse Gohonzon tem a forma de um mandala e nele estão contidos vários caracteres. Alguns desses caracteres representam personagens históricos, figuras místicas ou deuses budistas. Nitiren Daishonin utilizou-os para representar as funções do Universo e de nossa vida. Todas essas funções estão reunidas em torno da Lei do Nam-myoho-rengue-kyo. Portanto, o Gohonzon é a personificação da vida do Buda dentro de nós. No centro do Gohonzon, de cima para baixo, está escrito, em destaque, “Nam-myoho-rengue-kyo Nitiren”. Esses caracteres ilustram a unicidade de Pessoa e Lei e significam que a vida de Nitiren Daishonin incorpora a Lei Mística. Demonstra também que, fundamentalmente, nossa vida e a Lei do Nam-myoho-rengue-kyo são unas e inseparáveis, conforme Nitiren Daishonin comprovou durante toda sua vida. Em outras palavras, a inscrição “Nam-myoho-rengue-kyo Nitiren” ensina que todas as pessoas possuem qualidades idênticas às do Buda Original. À esquerda e à direita da inscrição “Nam-myoho-rengue-kyo Nitiren” estão várias figuras budistas representando os Dez Mundos. O Buda as incluiu no Gohonzon para mostrar que até sua vida contém inerentemente os nove mundos inferiores. Além disso, ao escrever “Nam-myoho-rengue-kyo Nitiren” em destaque no centro, com os outros caracteres menores ao redor, Daishonin representa graficamente a iluminação dos nove mundos inferiores por meio da Lei Mística. Na escritura “Resposta à Dama Nitinyo”, Nitiren Daishonin afirma: “Banhados pela brilhante luz dos cinco caracteres da Lei Mística, eles revelam a natureza iluminada que possuem inerentemente. Este é o Verdadeiro Objeto de Devoção da fé.” (The Major Writing of Nichiren Daishonin, vol. 1, pág. 212.) No Gohonzon transcrito por Nitikan Shonin, os Dez Mundos são representados em dois grupos: os Quatro Nobres Caminhos (Erudição, Absorção, Bodhisattva e Buda) e os Seis Caminhos Inferiores (Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranqüilidade e Alegria). Os Quatro Nobres Caminhos são representados por Sakyamuni e Taho, que representam o estado de Buda; e pelos quatro líderes dos Bodhisattvas da Terra — Jogyo, Muhengyo, Anryugyo e Jyogyo. Os Seis Caminhos Inferiores são representados por figuras indicando os estados de Alegria, Animalidade e Fome. O estado de Alegria, por exemplo, é indicado pelos Quatro Reis Celestiais — Grande Rei Celestial Ouvidor de Muitos Ensinos (Dai Bishamon Tenno), Grande Rei Celestial Defensor da Nação (Dai Jikoku Tenno), Grande Rei Celestial da Ascensão e do Progresso (Dai Zojo Tenno) e Grande Rei Celestial de Ampla Visão (Dai Komoku Tenno) — e também pelo Grande Rei Celestial do Sol (Dai Nittenno), Grande Rei Celestial da Lua (Dai Gatten-no), Grande Rei Celestial das Estrelas (Dai Myojo Tenno) e o Rei Demônio do Sexto Céu (Dai Rokuten no Mao). O estado de Animalidade é representado pelos Oito Grandes Reis-Dragões (Hati Dai-ryu-ô), e o da Fome pelo Demônio Feminino Kishimojin e suas Dez Filhas (Jurassetsunyô). Assim, no Gohonzon estão simbolizados todos os Dez Mundos, assim como todas as funções do Universo, que por sua vez são iluminadas pela Lei do Nam-myoho-rengue-kyo. Essa totalidade da vida expressa no Gohonzon é o que o torna absoluto. Isso explica o porque de não adorarmos imagens, como por exemplo, a figura do Buda sentado, que representa o estado de Alegria (Buda Amida); a do Cristo na cruz, representando o estado de sofrimento, entre outros.
Fontes de pesquisa: Terceira Civilização, edição no 354, fevereiro de 1998 — “Gohonzon: O Tesouro da Vida”. Guia Prático do Budismo.
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